quinta-feira, março 15

Sózinha....

É assim que eu agora me vejo.
Com uma mochila ás costas enorme e pesada ás costas
Cheia de vontade, e de amor.
Onde hei-de acampar? Tem que ser em local seguro. Sitio calmo, e agradável onde seja Primavera.
..E tem que ter uma arvora para me abrigar.
Nem preciso das flores só da erva verde e as pedras, as rochas sólidas e indestrutíveis.
Acampar sozinha dá este azedo, esta incerteza em que caminho a seguir a dúvida de onde me entregar.
E que insegurança cria!
E se for ali mais á frente? Haverá um local melhor?
Será este o caminho? Onde deixar a mochila?

Gostava de ter qualquer certeza, qualquer esperança.
Mas vejo tudo tão negro, sem uma única luz mesmo muito distante.
Se eu a visse essa luz mais segura ia a caminhar.

Assim, todas as noites acendo uma fogueira e vou-me queimar.

Vejo uma luz, a luz da beata de um cigarro a apagar, e a desta fogueira onde insisto em me queimar!

O que tenho cá dentro?

O coração, pulmões, o estômago e o cérebro
Este corpo é meu
Nem para ele me sei cuidar
Ainda funciona, mas a continuar assim vai deixar de funcionar.

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